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×fecharA Prefeitura de Presidente Venceslau através da Secretaria Municipal de Educação e Cultura (SEMEC) realizou na última sexta-feira (16), no anfiteatro, a palestra sobre “Suicídio: o que a escola pode fazer?”, com o tema “Frustração, rejeição e escolhas – Como lidar com elas sem perder a esperança?”, ministrado pela venceslauense Telma da Costa. Alunos do Ensino Fundamental e Ensino Médio participaram do evento, o que resultou em um público de aproximadamente 150 pessoas.
De acordo com a SEMEC, falar sobre suicídio significa quebrar um tabu. “Convivemos com a ideia – parcialmente correta – de que falar disso põe em risco pessoas fragilizadas, que têm considerado essa saída. Por outro lado, o silêncio não tem impedido que ele aconteça”.
As estatísticas do Sistema Único de Saúde (SUS) mostram que os casos subiram 12% em cinco anos no Brasil. Entre os adolescentes de 10 a 19 anos, o aumento foi de 18%. Nessa idade, eles estão enfrentando as primeiras frustrações. Se o pior acontece, o ambiente escolar sofre. E com círculos familiares e sociais cada vez menores, a escola é praticamente o único lugar de socialização dos jovens. Por isso, coragem: entender esse fenômeno e como ele afeta os adolescentes pode prevenir mortes e provocar discussões saudáveis.
O suicídio é também uma questão de saúde pública. Não deve ser simplificado ou atribuído a uma única causa, pois trata-se do desfecho de uma série de fatores complexos que se acumularam na história daquela pessoa. Antes de tudo, é preciso buscar informação.
Segundo informações da Organização Mundial da Saúde (OMS), a cada ano são registrados mais de 800 mil suicídios no mundo, o que representa aproximadamente uma morte a cada 40 segundos. Além disso, a cada três segundos alguém atenta contra a própria vida. No Brasil, são mais de 11 mil casos anualmente, e muitas dúvidas surgem quando nos vemos na necessidade de ajudar uma pessoa que está pensando em suicídio.
Conforme informações da cartilha “Suicídio: informando para prevenir”, produzida pela Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) e pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), existem dois fatores de risco principais para o suicídio:
Tentativa prévia: Pessoas que já tentaram tirar a própria vida têm de cinco a seis vezes mais risco de tentar outra vez. Estima-se que metade daqueles que se suicidaram já tinham tentado antes.
Doença mental: Quase todos os indivíduos que se mataram tinham algum transtorno mental, em muitos casos não diagnosticado, não tratado ou não tratado de forma adequada. Os transtornos psiquiátricos mais comuns incluem depressão, transtorno bipolar, alcoolismo e abuso/dependência de outras drogas, transtornos de personalidade e esquizofrenia. Pacientes com múltiplas comorbidades psiquiátricas têm um risco aumentado, ou seja: quanto mais diagnósticos, maior é a vulnerabilidade. Existem ainda fatores desencadeantes, como desesperança, impulsividade, isolamento social e falta de um sentido na vida.
Segundo o Dr. Mauro Aranha, psiquiatra e coordenador do departamento jurídico do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp), “a gente tem que pensar que, quando se chega em um nível de idear a própria morte, ela já está em um estado de desesperança, o que implica não acreditar que um tratamento possa resolver”.
Uma das maiores barreiras para a prevenção é o fato de que o assunto ainda é tabu. Por razões religiosas, morais e culturais, o suicídio por muito tempo foi visto como um pecado e um motivo de vergonha para a família daqueles que tiraram a própria vida. Na verdade, trata-se de um problema de saúde pública que ainda hoje não é cuidado de forma adequada, haja vista a tendência do Brasil de apresentar taxas crescentes de suicídio. Para combater o problema, é necessário um conjunto de ações.
O dr. Mauro diz que é imprescindível falar sobre o assunto de forma transparente, assim como deve acontecer com outros problemas sociais que sempre foram pouco debatidos e, aos poucos, passam a ser discutidos, como é o caso do bullying. “Precisamos pensar em soluções para a superação de questões como essas. São questões que sempre existiram, mas sobre as quais não se falava, e, enquanto não se falava, as pessoas sofriam muito mais, porque se viam isoladas socialmente. Uma conduta mais transparente e liberal nos costumes e hábitos sociais favorece o acesso àqueles que sofrem sozinhos. ”
MINI - BIOGRAFIA DA PALESTRANTE:
Telma da Costa passou toda infância e adolescência em Presidente Venceslau, SP, onde estudou música no Conservatório Musical e, posteriormente, no CM “Maestro Julião”, PP. Em seguida foi estudar música no Rio de Janeiro, onde formou-se em órgão pelo STBSB e UniRio. Estudou música na Royal Academy of Music, e Guildhall, Londres, e Pós-Graduação em Regência Coral no CBM-RJ.
Telma da Costa é verbete no “Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira”; Atriz, com participações em teatro e teatro musicado, onde também atuou na Direção Musical e Vocal; Cantora, com Cds solos (“Tempo Bom”) e shows de grande sucesso de crítica e bilheteria no Brasil e exterior; Professora de Música em Escolas Públicas e Particulares para crianças desde o pré-escolar até o ensino Básico e Fundamental; Regente Coral de grupos vocais de crianças, adolescentes, jovens e adultos; Dubladora (voice-actress) em filmes para cinema, tv, séries e animações como “Toy Story” (Betty), “Steven Universe” (Rose Quartz) e “Grey’s Anatomy” (Cristina Yang), etc, e Narradora de livros e histórias infantis.
Como Escritora é poeta e romancista, com livros e áudio-books, dentre eles “Além do Horizonte” (autoral) e “Telma em Pessoa” (uma adaptação dos poemas de Fernando Pessoa/Álvaro de Campos), e participações em antologias no Brasil e América do Sul. Verbete no “Dicionário de Mulheres Autoras”-Hilda Flores e Acadêmica- ocupa a cadeira de nº 24 (patrono Nelson Rodrigues) na Academia Venceslauense de Letras- SP. Coordenadora Nacional de Música do Proyecto Cultural Sur/Brasil de poesia, e Coordenadora de Poesia do Proyecto Cultural-Sur Brasil, núcleo Rio de Janeiro.