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×fecharAtividade foi realizada nesta terça-feira, na escola “Arthurzina de Oliveira D’Incao” (Fotos: Prefeitura de Presidente Venceslau).
Alunos da Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) "Arthurzina de Oliveira D'Incao" acompanharam hoje (19) as atividades alusivas ao Dia do Índio, comemorado anualmente no dia 19 de abril.
Para mostrar a cultura indígena e oferecer novos conhecimentos aos alunos, a Secretaria Municipal de Educação e Cultura (Semec) organizou, em parceria com o povo indígena Kaingang, uma palestra com integrantes desta etnia.
Além da palestra, os cinco membros do povo Kaingang demonstraram danças, palavras em sua língua nativa, vestimentas tradicionais e objetos oriundos da cultura de seu povo.
A museóloga vinculada ao Museu de Arqueologia e Etnologia da Universidade de São Paulo (USP), Marília Xavier Cury, possui trabalhos conjuntos com os integrantes deste povo indígena desde 2010. De acordo com ela, estes integrantes vivem na terra indígena Vanuire, no município de Arco-Íris. "Trabalhamos juntos para resgatar parte da história deles neste estado de São Paulo a partir do que está lá, daí virei uma grande admiradora, estou sempre aprendendo com eles", comentou.
Após contato feito pela Semec, a programação de palestras foi montada com o apoio de Suzilene, uma das líderes do povo Kaingang. A atividade possibilitou o contato direto entre a cultura de seu povo e os alunos. "Quanto mais cedo a gente começa a aprender o respeito pelos povos indígenas, melhores cidadãos seremos no futuro", frisou a museóloga, que parabenizou a Prefeitura de Presidente Venceslau pela iniciativa.
Conforme Marília, a aldeia onde o povo Kaingang vive foi datada de 1.500 anos. Trata-se de um povo que mantém sua cultura de maneira forte, com o devido acompanhamento das novas tecnologias, mantendo a tradição do canto, da língua, da dança, da roça, alimentos tradicionais, mudas antigas e outras características. A museóloga reforçou ainda a importância de se respeitar os direitos dos indígenas como cidadãos brasileiros, pela preservação de seu estilo de vida e cultura.
Suzilene, uma das integrantes da etnia Kaingang, é assistente de pajé e também atua como gestora e cuidadora do Museu Worikg, um dos mais conhecidos no estado. Ela relata que na rotina do povo Kaingang está o trabalho com artesanato e produção das casas, além de trabalhos para fora. "Quando somos convidados, fazemos palestras e levamos nosso artesanato, fazemos a nossa roda de conversa", relatou.
A integrante do povo indígena se mostrou contente com a ação e lembrou que o Dia do Índio deve ser celebrado todos os dias. "Passamos em outras escolas, tivemos contato com outros alunos e foi muito bom participar, falar um pouco da nossa cultura, tirar essa ideia de que índio só é índio dentro do livro", frisou.
Em sua fala, Suzilene ressaltou o papel do Museu Worikg, localizado dentro da terra indígena Vanuire. O local possui o acervo da avó de Suzilene, Jandira, além contar com outros acervos enviados para o museu. "Estamos em fase de construção, pois com a pandemia tivemos que nos afastar da sede da aldeia, que é muito povoada", relatou.
Durante a atividade, os alunos da Escola Arthurzina tiveram a oportunidade de realizar perguntas e conversar com os integrantes da etnia Kaingang.